A tarifa de energia elétrica subiu 2,15% em novembro, após um recuo de 3,22% em outubro, dentro da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A conta de luz contribuiu com 0,09 ponto porcentual para o IPCA de novembro.
Como resultado, o grupo Habitação saiu de uma queda de 0,61% em outubro para um avanço de 0,71% em novembro.
O movimento foi puxado pela mudança de bandeira tarifária. Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em novembro, passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1, com valor reajustado de R$ 4,00 para R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora.
A conta de luz ficou mais cara mesmo com reduções tarifárias em quatro das 16 regiões pesquisadas: Porto Alegre, São Paulo, Brasília e Goiânia.
Apesar da pressão em novembro, a conta de luz deve dar uma trégua ao orçamento das famílias em dezembro. Além de absorver boa parte da redução de tarifas em uma das concessionárias de Porto Alegre, volta a incidir sobre as contas de energia elétrica a bandeira tarifária amarela, com uma cobrança extra menor, de R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, lembrou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,24% em novembro, decorrente de reajustes em Curitiba e Rio de Janeiro. O gás encanado ficou 0,26% mais barato no mês, em consequência da redução de 0,60% nas tarifas praticadas no Rio de Janeiro no dia 1º de novembro.
Já o gás de botijão aumentou 0,87%, em decorrência do reajuste de 4,00% no preço do botijão de 13 kg autorizado pela Petrobras nas refinarias, a partir do dia 27 de novembro.