Até 2050, as energias alternativas vão ser responsáveis por quase 50% do abastecimento mundial.

É o caso da energia fotovoltaica, ou solar, que está cada vez mais barata e deve atrair mais de R$ 16 trilhões em investimentos nos próximos 30 anos, segundo a Bloomberg.

O consultor José Renato Colaferro explica que mesmo nos países que começaram a usá-la antes do Brasil, como, por exemplo, a Alemanha e os Estados Unidos, e que já têm alguns milhões de consumidores conectados, ainda têm muita oportunidade nessa área.

No Brasil, o empresário Cláudio Ramalhoso já participa deste mercado. Ele começou vendendo e fazendo a instalação de painéis e equipamentos. Com aumento da procura, criou um novo negócio: um curso para iniciar profissionais no mundo da energia solar. A procura dos consumidores brasileiros pela energia dobrou de tamanho em apenas um semestre.
"A gente vê no mercado a falta de pessoas com conhecimento técnico em energia solar, ou seja, tanto a pessoa que instala, como a pessoa que projeta, como a pessoa que vende. O mercado ainda é escasso dessas pessoas", afirma Cláudio.

Em 2018, foram 50 mil instalações de painéis solares e em junho deste ano, já somavam 100 mil instalações. O setor também gerou mais de 72 mil vagas de trabalho. Os dados são da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

Para o consultor José Renato, o maior desafio hoje nessa área é a regulamentação. “O setor elétrico é um setor que, historicamente, foi muito regulado, então tem muita lei e muita regulamentação da Aneel, muita coisa que tem que ser respeitada // Então essa burocracia do setor – algumas vezes com razão e outras vezes sem razão, acaba gerando dificuldade pro empreendedor desse setor.”

O curso oferecido pelo empresário Cláudio custa R$ 800 e não há exigência de conhecimento prévio. A empresa do Cláudio, fatura R$ 30 mil por mês. "A energia solar é um setor, uma área que está de portas abertas para todo mundo, então todo mundo que tiver interesse em trabalhar, tem espaço sim.”

 

In: G1