A retomada das atividades pelo País fez o consumo de energia elétrica no Brasil disparar em abril, segundo a Câmara de Comercialização (CCEE).
Os dados divulgados na quinta-feira, dia 13, apontaram para uma alta de 13,4% no último mês, com um salto para 63.342 megawatts (MW) médios.
Esse foi, de acordo com o órgão, o décimo mês seguido de crescimento, reflexo da retomada dos setores de serviço desde julho do ano passado.
Em abril, a geração de energia elétrica teve alta de 13,4%, somando 66.998 MW médios, com cerca de 48.367 MW médios sendo fornecidos por hidrelétricas. A fonte do vento foi de 44,4%, térmica de 36,8% e solar de 9,1%.
Mercado livre
O aumento do consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo a CCEE, teve grande influência do mercado livre, com alta de 31,3% no período.
É por meio do mercado livre de energia que indústrias, shoppings ou empresas podem negociar contratos diretamente com geradoras ou comercializadoras.
A alta no ambiente regulado, que inclui comércios, pequenas empresas e consumidores residenciais foi de 5,9% em abril.
“Temos indícios de que o ano de 2021 será muito mais positivo que o anterior. Os números apontam para uma curva de aprendizagem de setores produtivos, que se reinventaram para operar diante da pandemia de Covid-19. Paralelamente, o avanço expressivo do mercado livre nesse período desafiador reforça a sua importância para a economia brasileira”, disse o presidente do conselho de administração da CCEE, Rui Altieri.
Consumo de energia por Estados
No recorte por Estados, somente dois Estados apresentaram queda de consumo de energia em abril no Brasil: Acre e Rondônia, com 50% e 16% de retração.
Entre os que apresentaram crescimento, os destaques ficam com Ceará (21%), Rio de Janeiro (21%), Santa Catarina (18%), São Paulo (18%) e Pará (17%).
Consumo por área de atuação
A CCEE também faz o monitoramento do consumo de energia elétrica por área de atuação e, em abril, quem liderou entre os 15 setores da economia foi o segmento de produção de veículos, que consumiu 178,6% a mais em relação a abril de 2020.
Na sequência, no mesmo comparativo, vieram os setores têxtil (92,8%), bebidas (51,3%) e manufatura (41,8%).
Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil